15 agosto, 2006


A Igreja Católica celebra hoje , dia 15, a Solenidade Litúrgica da Assunção da Virgem Maria ao Céu. A Assunção é um dogma da Fé católica, definido por Pio XII a 1 de Novembro de 1950, mediante a Constituição apostólica “Magnificentissimus Deus”. Neste documento, o Papa refere as relações entre a Imaculada Conceição e a Assunção, as petições recebidas para a definição dogmática, a consulta feita ao Episcopado, a doutrina concorde com o Magistério da Igreja. Resume os testemunhos da crença na Assunção, a devoção dos fiéis e o testemunho dos Santos Padres, dos teólogos escolásticos desde os primórdios, passando depois pelo período áureo e atingindo a escolástica posterior e os tempos modernos. Pondera o fundamento escriturístico e a oportunidade da mesma, e logo pronuncia, declara e define ser dogma divinamente revelado que ''a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial''.Este foi o culminar de um processo de séculos, durante os quais toda a Igreja e todos os cristãos dedicaram à Virgem Maria uma especial devoção e uma crença nos seus privilégios, em ordem a ser a Mãe de Deus.O Catecismo da Igreja Católica explica que "a Assunção da Santíssima Virgem constitui uma participação singular na Ressurreição do seu Filho e uma antecipação da Ressurreição dos demais cristãos” (966).A Assunção de Maria ocorre imediatamente depois de terminar a sua vida mortal e não pode ser situada no fim dos tempos, como acontecerá com todos os homens, mas tem de considerar-se como um evento que já ocorreu. A glorificação celeste do corpo de Maria é o elemento essencial do dogma da Assunção. Ensina que a Virgem, ao terminar a sua vida neste mundo, foi elevada ao céu em corpo e alma, com todas as qualidades e dons próprios da alma dos bem-aventurados e com todas as qualidades e dotes próprios dos corpos gloriosos. Trata-se, pois, da glorificação de Maria, na sua alma e no seu corpo, quer a incorruptibilidade e a imortalidade lhe tenham sido concedidas sem morte prévia, quer depois da morte, mediante a ressurreição.No Brasil a festa é transferida para o domingo para que toda comunidade possa participar.cancaonovanews.com - a melhor forma de se informar

12 agosto, 2006

Artigo: Nossos pais nos contaram - D. Odilo Pedro Scherer*

Graças a Deus, cresce no Brasil a compreensão da missionariedade da Igreja. Muitas e variadas iniciativas vão surgindo por toda parte; vai sendo superada a idéia de uma “pastoral de manutenção” e as paróquias e comunidades eclesiais vão organizando “santas missões populares” e visitas missionárias permanentes; missionários vão sendo preparados e enviados para várias partes do Brasil e do mundo. Nunca houve tantos missionários brasileiros no exterior. Isso já é muito positivo.

Toda essa dinâmica de missionários que partem e vão “ad gentes” (ao encontro dos povos) para partilhar as riquezas do Evangelho e da experiência da fé cristã é essencial à missão da Igreja. Mas há uma outra dimensão da missionariedade, que tem igual importância e não pode ser descuidada: é a partilha da fé com quem está perto, ao nosso lado, em nossas casas. Refiro-me especialmente ao papel missionário inestimável das famílias cristãs e católicas.

A experiência religiosa passada pelos pais aos filhos, na primeira infância destes, tem enorme importância e marca para sempre a vida dos filhos. Quando os pais fazem batizar os filhos e lhes transmitem a fé, introduzindo-os na vida eclesial, são verdadeiros missionários. Quando a mãe aponta para o crucifixo ou o sacrário e diz ao filhinho – “Jesus”- e ele repete – “Jesus”-, ela está ajudando o filho a ter seu primeiro encontro pessoal com Jesus Cristo. Ela faz como as mães do Evangelho, que apresentavam a Jesus as crianças e pediam que lhes impusesse as mãos e as abençoasse. Essa mãe está sendo missionária! O pai que reza diante dos filhos, e com eles, também está sendo missionário para seus filhos.

O cultivo da fé em família, através da oração, da prática da caridade e do santo temor de Deus é atitude missionária de primeira grandeza. Quando os esposos conseguem ser fiéis à graça do matrimônio e zelar pelo “pequeno rebanho”, a “Igreja doméstica” que lhes foi confiada pela Providência, eles realizam um serviço missionário insubstituível.

Talvez precisemos dar maior atenção a essa vocação missionária quotidiana dos casais e das famílias cristãs, sem a pretensão de atrelar demais as iniciativas de evangelização às paróquias e comunidades maiores. A família é o espaço primeiro da transmissão e da vivência da fé. Assim foi ao longo de toda a história do cristianismo. O mesmo também acontece nas outras grandes religiões.

Na história da fé bíblica, eram os pais que contavam aos filhos, de geração em geração, as experiências vividas pelo povo de Deus. Não eram raciocínios complicados para provar a verdade das doutrinas, mas eram testemunhos de experiências vividas. O Deus em quem criam não era uma idéia abstrata nem um ser distante, mas era o Deus dos pais, dos patriarcas, “Deus de Abraão, de Isaac, de Jacó”. E os profetas exortavam a não abandonar a fé dos pais. E os filhos recordavam com gratidão: “nossos pais nos contaram...” (cf Sl 44,2). E contavam também a seus filhos…

Na festa de São Joaquim e Sant’Ana (26 de julho), a oração da liturgia traz a bela invocação: “Senhor Deus de nossos pais...” A Igreja faz referência à experiência religiosa recebida dos pais na fé, das gerações que nos precederam... dos missionários, dos santos, dos pecadores convertidos, dos mártires, dos apóstolos... São nossos pais na fé.

Crer com eles, e como eles creram, fazer parte de todo esse povo que creu no “Senhor Deus de nossos pais”, é motivo de alegria e gratidão. É razão abundante para fazer como fizeram nossos pais, para que as novas gerações também sejam beneficiadas com essa mesma herança apostólica que veio a nós, de geração em geração. A corrente de transmissão missionária da fé não será interrompida, se os adultos, sobretudo os pais, continuarem também hoje a contar aos filhos as histórias da fé. É uma bela história da fé!


*D.Odilo Pedro Scherer
Bispo Auxiliar de S.Paulo
Secretário-Geral da CNBB

Meios católicos devem transmitir verdade em resposta aos meios seculares, afirma autoridade vaticano


Os meios de comunicação católicos devem ser diferentes da mídia secular e devem procurar e transmitir a verdade da fé, assim afirmou o Secretário da Congregação para a Doutrina da Fé (CDF), Arcebispo Angelo Amato. Em recente entrevista concedida ao semanário polonês Niedziela, o Prelado indicou que os meios seculares com freqüência escolhem alguns ensinamentos da Igreja para manipular. "Os meios não publicam os textos completos do Magistério. Como regra, escolhem alguns pontos, geralmente secundários, que possam causar polêmica ou escândalo", explicou Dom Amato. "Devemos admitir que com freqüência temos a impressão de que estamos vivendo em uma espécie de realidade virtual que é criada por quem trabalha nos meios de comunicação e que são formadores de correntes de opinião", acrescentou. Entretanto, "o Evangelho não é uma criação da mente humana mas sim é a mensagem de Deus sobre a realidade do homem no universo", disse o Arcebispo, portanto, demarcou, "os meios católicos têm o dever de informar sobre todo o ensinamento magisterial da Igreja". Para o Secretário da CDF, um bom exemplo desta situação é a cobertura que deram ao documento Dominus Iesus. Em vez de centrar-se no tema central que é a "universalidade salvífica de Cristo e da Igreja"; muitos começaram a falar do fim do ecumenismo. Tudo com propósito de gerar polêmica e falar do "fim do ecumenismo". "Em uma palavra, a apresentação de um documento da Igreja não deve ser tratado como um evento mediático com elementos sensacionalistas, mas sim como algo importante da Igreja que deve se constituir em uma ocasião especial para formar, evangelizar e catequizar as pessoas", precisou Dom Amato. O Arcebispo então explicou que se pode concluir que "por um lado os meios se caracterizam por certa superficialidade e pelo outro exercem uma grande influência. E é verdade que quanto mais superficiais forem, mais capitalista será sua influência". Por isso, "a imprensa católica deve debater com olhar crítico os assuntos que trata os meios seculares, investigando os ‘eventos religiosos’ artificialmente criados", para que assim não exista "essa impressão de que o que estabelece o Magistério são apenas opiniões com as quais alguém pode ou não concordar", destacou Dom Amato. "Para contribuir na formação dos fiéis, os meios católicos devem ser criativos, com grande sentido cultural; e acima de tudo, sensíveis à educação na fé. A tradição cristã tem dois mil anos, assim temos à nossa disposição uma grande quantidade de trabalhos que devem ser propostos aos leitores", destacou o Secretário da CDF. "A civilização cristã não é um museu para visitar e admirar, mas sim uma realidade contínua viva, que inspira e sustenta, e que tem que ser apreciada hoje", concluiu o Arcebispo.

10 agosto, 2006

Amar é cuidar

Sempre em nossas Igrejas, nos nossos grupos de oração, de jovens, nas partilhas, nos encontros de casais, falamos em amor. Mas que amor é esse de que falamos? Muitas vezes pensamos que o amor sentimento é o puro amor cristão. Não é verdade. Não podemos obrigar a nós mesmos de sentir algo. E se não podemos controlar nosso sentimento, de qual amor fala Jesus?
Quando Jesus nos diz: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei", não falava de um sentimento de bondade, de alegria, de desejo de bem ao outro somente. Jesus fala de comportamento. Sim meus irmãos, podemos traduzir esta frase da seguinte maneira: "Comportai-vos uns com os outros como eu me comportei com vocês".
A maneira de agir de Jesus, aquela que dá a vida pelos amigos, à qual devemos ter sempre em nossa frente como modelo, é o grande motor propulsor do amor. Não há amor cristão sem atitude cristã. O amor sentimento nasce a partir do amor atitude, do amor ação. Por isso podemos fazer uma pequena comparação de ditados.
Existe aquele ditado que diz: "Me diga com quem andas e eu te direi quem és", certamente conhecemos este ditado. Se lido fundamentalmente poderíamos perguntar: Mas São Francisco andava com os leprosos, no entanto não era um leproso, Jesus andou com as prostitutas, no entanto não era como elas. Podemos interpretar de diversos modos. Mas porque falei neste ditado? Porque ouvi este outro e percebi grande verdade contida ali, ele dizia: "Me digas do que cuidas e eu te direi o que amas".
Quando ouvi esta pequena frase me deparei justo com a frase que explica o amor cristão, aquele que tentava explicar acima. Amar é cuidar. Sim, me diga do que cuidas e com o que gastas teu tempo, me diga o que fazes para conseguir cuidar, me diga com quem te esforças para perdoar, me diga para o que arrumas tempo e eu te direi certamente o que e quem amas.
Muitos dizem por aí: Amo a Deus, mas rezo somente quando tenho vontade, outros dizem, amo a Deus, mas não tenho tempo para ir à Missa, Amo a Deus, mas meu trabalho, meu estudo, minha casa, meu cachorro, etc. Pois é, colocamos muitas coisas a frente de Deus e a grande pergunta que fazemos no dia de hoje é esta? Meu amor é cristão? Meu amor é concreto, visível, ou apenas um sentimento que vai e vem sem que eu possa ao menos percebê-lo?
É preciso correr o risco, é preciso fazer a escolha, não podemos esperar pelos outros, é preciso atitude, ações concretas de amor, para que possamos sentir o amor. Faça você esta escolha, cuide de Deus, cuide de sua fé, de sua Igreja, cuide de sua família, cuide de seu grupo de oração, cuide de seus amigos, cuide de você.
Que o Senhor nos ensine sempre a cuidar das coisas que valem a pena cuidar!
Que o Senhor nos ensine sempre a amar as coisas que valem a pena amar!

08 agosto, 2006

Papa condena «derramamento de sangue inocente» - Bento XVI pede uma solução política definitiva

Bento XVI lançou um novo apelo, esta manhã, em favor do “fim de todas as hostilidades e de todas as violências” no Médio Oriente, pedindo uma “solução política definitiva, capaz de garantir um futuro mais sereno e mais seguro para as novas gerações”.Retomando as audiências gerais de quarta-feira, na Praça de São Pedro, o Papa, "com o coração cheio de aflição", referiu aos milhares de peregrinos presentes que “nada pode justificar o derramamento de sangue inocente, de qualquer dos lados”.
Na sua intervenção, o Papa exortou a comunidade internacional e os que estão “mais diretamente envolvidos nesta tragédia” a procurar soluções negociadas para o conflito. Por outro lado, Bento XVI deixou votos de “paz para a Terra Santa, duramente provada pelos acontecimentos bélicos destes dias”.
O Papa tem apelado ao cessar-fogo na região em todas as suas intervenções públicas desde o início do conflito, tendo já convocado uma jornada de oração pela paz. Hoje, voltou a convidar os fiéis a "rezar por esta região mártir do Médio Oriente".
"Os nossos olhos estão cheios de imagens chocantes de corpos martirizados de tantas pessoas, em particular de crianças. Penso, particularmente, em Caná, no Líbano", declarou.
O primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert, anunciou hoje que a ofensiva militar contra o Hezbollah vai continuar até ao momento em que esteja estacionada uma força internacional no sul do Líbano.

Patriarca de Jerusalém condena violência na região

O Patriarca Latino de Jerusalém, D. Michel Sabbah, condenou a escalada de violência em Gaza e no sul do Líbano, pedindo a Israel que devolva aos palestinianos “a liberdade e a independência”, algo que considera como condição fundamental para a paz. Numa mensagem divulgada esta manhã, o Arcebispo Sabbah condena o rapto de soldados israelitas e, do mesmo modo, a captura de palestinianos por parte de Israel, lembrando os 10 mil palestinianos que estão nas prisões israelitas. “Toda a pessoa humana tem uma igual dignidade, seja palestiniana ou israelita”, aponta. A mensagem chega numa altura em que as Igrejas do Oriente iniciam um período de oração e jejum, que precede a festa da “Dormição de Maria”, a sua Assunção. “Este ano rezaremos pela paz e pelo fim das hostilidades em Gaza e no sul do Líbano, desejando a todas as partes envolvidas paz e segurança”, refere o Patriarca de Jerusalém. Classificando como “desumano” aquilo que acontece nos locais do conflito, D. Michel Sabbah pede que a comunidade internacional intervenha com “maior eficiência” para colocar um ponto final no “ciclo vicioso da morte”. “A violência gera e aumenta a violência, sem nunca dar a segurança necessária e mostrando-se inútil para criar uma nova ordem”, alerta.

04 agosto, 2006

Responda: Você também é um católico apenas de etiqueta?

BUENOS AIRES .- O Arcebispo de La Plata, Dom Héctor Aguer, pediu aos argentinos que não se confundam com aqueles políticos ou funcionários que colocando a etiqueta de "católico" discordam publicamente dos ensinamentos fundamentais da Igreja.
No programa televisivo "Chaves para um mundo melhor", o Arcebispo explicou que com freqüência, "pessoas que têm uma atividade pública relevante, políticos ou funcionários", costumam dizer: "Eu como católico respeito a opinião da Igreja mas não estou de acordo com ela". Segundo Dom Aguer, "não se referem a opiniões como pode ser a de um bispo sobre uma junta social ou econômica, um problema cultural. Mas bem se referem ao ensinamento oficial da Igreja sobre matérias de muito peso como pode ser a ordem familiar, o matrimônio, a educação sexual, o aborto, a esterilização cirúrgica e outros temas".
O Arcebispo advertiu que se pode "receber com cordialidade e agradecimento que um agnóstico, um judeu, um muçulmano ou qualquer pessoa que não pertence a nossa confissão de fé diga isso. Neste caso essas afirmações seriam um sinal cordial de respeito à opinião da Igreja porque para eles é uma opinião"."Mas que alguém diga ‘como católico’ e se manifeste contrário ao ensinamento oficial da Igreja e, muitas vezes, a ensinamentos pronunciados com grande solenidade que indicam que nenhum católico pode dizer que não está de acordo, quer dizer que há uma grande confusão sobre como se usa o nome de católico", esclareceu.
Dom Aguer questionou por que "nesses casos se aplicam essa etiqueta. Podem ser pessoas que terão recebido o Batismo na Igreja Católica, que possivelmente receberam sua instrução catequética na infância e fizeram sua Primeira Comunhão mas que, agora, nem pensam nem sentem como católicos. Por isso é que consideram o ensinamento da Igreja em matérias de grande importância como uma mera opinião".Diante desta situação, pediu "um laicado comprometido com a realidade social, econômica ou política da vida da Nação que pense verdadeiramente como católico. Que procure, segundo as normas que regem nosso sistema republicano, que essas verdades -que são muitas vezes verdades da ordem natural e têm que a ver com a ordem básica da sociedade- possam chegar a entrar em plena vigência entre nós".
Do mesmo modo, considerou que "ainda fica muito por compreender sobre qual é a obrigação de um católico que atua na vida pública de pensar e de manifestar-se verdadeiramente como católico"."O ser católico é não fazer-se eco da opinião geral ou acomodar a verdade às conveniências políticas do momento. Trata-se de dar testemunho com plena coerência do que crê e o que pensa procurando que isso ilumine a vida da sociedade", acrescentou.
Nota do Portal Anjo, por Dilson Kutscher www.portalanjo.com
Os católicos de "etiqueta" realmente são o grupo que mais cresce atualmente, pois o que vemos, é que, cada um já elaborou sua própria verdade religiosa, não necessitando estar de acordo com a doutrina da Santa Igreja. Deus é considerado pela maioria, apenas como crença pessoal, ser católico foi uma mera opção familiar de nascimento. Eu cansei de ouvir pessoas declararem o seguinte: "Sou católico, mas sou um pouco espírita". Pergunto: Como é ser católico e um pouco espírita? Vai a missa pela tarde e a noite no centro espírita? De tarde sou "católico" e a noite espírita. Será isto uma das definições de um católico de "etiqueta"?Acho que podemos também chamar de católico de "ocasião".Os homens com seus pensamentos dizem: "Todos os caminhos levam a Deus".
Mas diz o Senhor: "Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, Porque, assim como o céu é mais alto do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos". (Isaías 55, 8-9)
Muitos criaram o seu próprio cristo, um cristo de "etiqueta", de "ocasião", e o moldaram aos seus ideais mundanos, cada um com sua meia verdade, o que é a pior das mentiras. Criaram o cristo político, o esotérico, o espírita, o ecumênico, o guerrilheiro, o social, o cósmico, o roqueiro e tantos outros. Muitos também criaram o "Cristo" oportunista, ao qual "eles" usam para fazer suas propagandas mundanas, querendo se passar por cordeirinhos.

04 de Agosto - São João Maria Vianney - Patrono dos Padres - (Dia do Padre)


São João Maria Vianney, nasceu em Dardilly, povoado francês, ao norte de Lião, no ano de 1786. Era um rude camponês, sem muitos dotes pessoais que permaneceu escondido por um período, por haver desertado do exército napoleônico em marcha para a Espanha unicamente por não conseguir acertar o passo com seu batalhão. No seminário não conseguia acompanhar seus colegas de estudo pela confusão mental que fazia diante de simples página de filosofia ou de teologia, pelo que seus mestres, desanimados, deixaram até de interrogá-lo. É lástima, disse um ao Vigário Geral, porque é modelo de piedade. “Modelo de piedade exclamou o vigário - Então vou promovê-lo, e a graça de Deus fará o resto”.
Em 1815 recebeu as ordem sagradas, mais sem a autorização para confessar, foi enviado a uma insignificante aldeia, com cerca de 23o paroquianos. Era coadjutor do Padre Balley, a quem atribui-se o mérito de haver percebido naquele bobo “iluminado” os carismas da santidade. Foi então enviado para Ars como vigário capelão ou cura. Ars no planalto de Dombes tinha duzentos e trinta habitantes.
Sua vida era, oração, penitência, caridade, cumprindo assim com zelo seu ministério sacerdotal, permanecendo horas e horas atendendo confissões dos peregrinos que a ele acorriam de toda a parte da França, a fim de pedir orientações. Ars foi transformada assim por aquele que viria a ser o Patrono dos vigários.
São João Maria Vianney morreu no dia 04 de agosto de 1859, aos setenta e três anos. Ars foi transformada em meta de peregrinações antes mesmo do Papa Pio XI no ano de 1925 canonizá-lo. Seu corpo permanece incorrupto até os nossos dias.
Parabenizamos a todos os sacerdotes por este dia, com muito carinho. “Deus os abençoe”.

01 agosto, 2006

Dia de Santo Afonso Maria de Ligório

Santo Afonso de Ligório nasceu em Marianella, perto de Nápoles, a 27 de setembro de 1696. Era o primogênito de uma família bastante numerosa, o Chinês de Nápoles. Foi aí que começou a sua experiência missionária no interior do Reino de Nápoles, onde ele encontrou gente muito mais pobre e mais abandonada que qualquer menino de rua de Nápoles. No dia 9 de novembro de 1732, Afonso fundou a Congregação do Santíssimo Redentor, popularmente conhecida como Redentorista, para seguir o exemplo de Jesus Cristo anunciando a Boa Nova aos pobres e aos mais abandonados. Daí em diante, dedicou-se inteiramente a esta nova missão. Afonso era um amante da beleza: músico, pintor, poeta e escritor. Colocou toda a sua criatividade artística e literária a serviço da missão e o mesmo ele pediu aos que ingressavam na sua Congregação. Escreveu sobre espiritualidade e teologia 111 obras, que tiveram 21.500 edições e foram traduzidas em 72 línguas, o que comprova que ele é um dos autores mais lidos. Entre suas obras mais conhecidas estão: O Grande Meio da Oração, A Prática de Amar a Jesus Cristo, As Glórias de Maria e Visitas ao Santíssimo Sacramento. A oração, o amor, a comunhão com Cristo e sua experiência imediata das necessidades espirituais dos fiéis fizeram de Afonso um dos grandes mestres da vida interior.A maior contribuição de Afonso para a Igreja foi na área da reflexão teológica moral, com a sua Teologia Moral. Esta obra nasceu da experiência pastoral de Afonso, da sua habilidade em responder às questões práticas apresentadas pelos fiéis e do seu contato com os problemas do dia-a-dia. Combateu o estéril legalismo que estava sufocando a teologia e rejeitou o rigorismo estrito do seu tempo, produto da elite poderosa. Conforme Afonso, estes eram caminhos fechados ao Evangelho porque "tal rigor jamais foi ensinado nem praticado pela Igreja". Ele sabia como colocar a reflexão teológica a serviço da grandeza e da dignidade da pessoa humana, da consciência moral e da misericórdia evangélica. Afonso foi ordenado bispo de Santa Ágata dos Godos em 1762, aos 66 anos. Tentou recusar a nomeação porque se sentia demasiado idoso e doente para cuidar adequadamente da diocese. Em 1775, foi-lhe permitido deixar o cargo e ele foi morar na comunidade redentorista de Pagani, onde morreu no dia 1o de agosto de 1787. Foi canonizado em 1831, proclamado Doutor da Igreja em 1871 e Patrono dos Confessores e Moralistas em 1950.