04 agosto, 2006

Responda: Você também é um católico apenas de etiqueta?

BUENOS AIRES .- O Arcebispo de La Plata, Dom Héctor Aguer, pediu aos argentinos que não se confundam com aqueles políticos ou funcionários que colocando a etiqueta de "católico" discordam publicamente dos ensinamentos fundamentais da Igreja.
No programa televisivo "Chaves para um mundo melhor", o Arcebispo explicou que com freqüência, "pessoas que têm uma atividade pública relevante, políticos ou funcionários", costumam dizer: "Eu como católico respeito a opinião da Igreja mas não estou de acordo com ela". Segundo Dom Aguer, "não se referem a opiniões como pode ser a de um bispo sobre uma junta social ou econômica, um problema cultural. Mas bem se referem ao ensinamento oficial da Igreja sobre matérias de muito peso como pode ser a ordem familiar, o matrimônio, a educação sexual, o aborto, a esterilização cirúrgica e outros temas".
O Arcebispo advertiu que se pode "receber com cordialidade e agradecimento que um agnóstico, um judeu, um muçulmano ou qualquer pessoa que não pertence a nossa confissão de fé diga isso. Neste caso essas afirmações seriam um sinal cordial de respeito à opinião da Igreja porque para eles é uma opinião"."Mas que alguém diga ‘como católico’ e se manifeste contrário ao ensinamento oficial da Igreja e, muitas vezes, a ensinamentos pronunciados com grande solenidade que indicam que nenhum católico pode dizer que não está de acordo, quer dizer que há uma grande confusão sobre como se usa o nome de católico", esclareceu.
Dom Aguer questionou por que "nesses casos se aplicam essa etiqueta. Podem ser pessoas que terão recebido o Batismo na Igreja Católica, que possivelmente receberam sua instrução catequética na infância e fizeram sua Primeira Comunhão mas que, agora, nem pensam nem sentem como católicos. Por isso é que consideram o ensinamento da Igreja em matérias de grande importância como uma mera opinião".Diante desta situação, pediu "um laicado comprometido com a realidade social, econômica ou política da vida da Nação que pense verdadeiramente como católico. Que procure, segundo as normas que regem nosso sistema republicano, que essas verdades -que são muitas vezes verdades da ordem natural e têm que a ver com a ordem básica da sociedade- possam chegar a entrar em plena vigência entre nós".
Do mesmo modo, considerou que "ainda fica muito por compreender sobre qual é a obrigação de um católico que atua na vida pública de pensar e de manifestar-se verdadeiramente como católico"."O ser católico é não fazer-se eco da opinião geral ou acomodar a verdade às conveniências políticas do momento. Trata-se de dar testemunho com plena coerência do que crê e o que pensa procurando que isso ilumine a vida da sociedade", acrescentou.
Nota do Portal Anjo, por Dilson Kutscher www.portalanjo.com
Os católicos de "etiqueta" realmente são o grupo que mais cresce atualmente, pois o que vemos, é que, cada um já elaborou sua própria verdade religiosa, não necessitando estar de acordo com a doutrina da Santa Igreja. Deus é considerado pela maioria, apenas como crença pessoal, ser católico foi uma mera opção familiar de nascimento. Eu cansei de ouvir pessoas declararem o seguinte: "Sou católico, mas sou um pouco espírita". Pergunto: Como é ser católico e um pouco espírita? Vai a missa pela tarde e a noite no centro espírita? De tarde sou "católico" e a noite espírita. Será isto uma das definições de um católico de "etiqueta"?Acho que podemos também chamar de católico de "ocasião".Os homens com seus pensamentos dizem: "Todos os caminhos levam a Deus".
Mas diz o Senhor: "Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, Porque, assim como o céu é mais alto do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos". (Isaías 55, 8-9)
Muitos criaram o seu próprio cristo, um cristo de "etiqueta", de "ocasião", e o moldaram aos seus ideais mundanos, cada um com sua meia verdade, o que é a pior das mentiras. Criaram o cristo político, o esotérico, o espírita, o ecumênico, o guerrilheiro, o social, o cósmico, o roqueiro e tantos outros. Muitos também criaram o "Cristo" oportunista, ao qual "eles" usam para fazer suas propagandas mundanas, querendo se passar por cordeirinhos.