27 junho, 2006

Bento XVI: Conservar e manter vivo o "inestimável patrimônio espiritual, artístico e cultural"

“Uma autêntica atualização da música sacra não pode ter lugar se não no sulco da grande tradição do passado, do canto gregoriano e da polifonia sacra. É por isso que, no campo musical, como também no das outras formas artísticas, a Comunidade eclesial sempre tem promovido e apoiado os que procuram novas vias expressivas sem renegar o passado , (sem renegar) a história do espírito humano, que é também a história do seu diálogo com Deus”. O concerto foi promovido pela Fundação Domenico Bartolucci, sob a direção deste Maestro, que ao longo de dezenas de anos dirigiu o coro da Capella Sistina. O Papa reservou-lhe palavras de afetuoso reconhecimento, nomeadamente pelo Mottetto “Oremus pro Pontífice”, composto depois da sua eleição à Sede de Pedro e executado neste concerto. Referido “o amor (do Maestro Bartolucci) pela arte da música e a sua paixão pelo bem da Igreja”. O concerto alternou peças de Giovanni Pierluigi da Palestrina com outras do próprio Maestro Bartolucci. “Todas as peças escutadas – e sobretudo o seu conjunto, onde estão em paralelo o século XVI e o século XX (observou o Papa) – confirmam uma convicção: "a polifonia sacra, em particular a da chamada escola romana, constitui uma herança a conservar cuidadosamente, a manter viva e a fazer conhecer, em benefício não só dos estudiosos e cultores, mas da Comunidade eclesial no seu conjunto, para a qual representa um inestimável patrimônio espiritual, artístico e cultural”.