14 junho, 2006

Igreja procura potenciar atenções despertadas pelo Mundial de Futebol

A Igreja Católica continua a acompanhar, um pouco por todo o mundo, a realização do Mundial de Futebol da Alemanha, que ontem se iniciou, promovendo iniciativas que destaquem o potencial positivo do desporto.“A Cristo pelo futebol” é o lema proposto pelo site da Conferência Episcopal do Chile, www.iglesia.cl, ao lançar uma seção especial com reflexões, testemunhos, documentos e sugestões para assistir ao Alemanha 2006 com os olhos da fé e viver este tempo de futebol em comunidade.
O testemunho de um Bispo treinador, palavras dos Papas sobre o futebol, reflexões de sacerdotes, professores, orientadores e jornalistas, são alguns dos conteúdos que oferece o especial de Igreja.cl, destacado pela agência romana Zenit.
Com o objetivo de apoiar a reflexão em paróquias, comunidades e colégios, o especial também inclui a “Oração do Mundial” e uma ficha para dedicar um encontro em grupo à reflexão deste tema.
“Para os católicos, o futebol pode ser uma maneira de encontro com o Senhor, de segui-lo e de caminhar rumo à santidade”, explicam os responsáveis por esta iniciativa. “No jogo, reconhecemos valores nobres como o trabalho em equipe, o jogo limpo, a solidariedade, a unidade e o companheirismo. Mas também descobrimos ameaças: uma desmedida exaltação de ídolos, a rivalidade, a mercantilização do desporto, a violência”, acrescenta.
João Paulo II definia o futebol como “uma forma de jogo, simples e complexa ao mesmo tempo, na qual as pessoas sentem alegria pelas extraordinárias possibilidades físicas, sociais e espirituais da vida humana”.
O Cardeal Joseph Ratzinger, hoje Bento XVI, disse: “O fascínio pelo futebol consiste, essencialmente, em saber unir de forma convincente estes dois sentidos - ajudar o homem a autodisciplinar-se e ensiná-lo a colaborar com os outros dentro de uma equipe, mostrando-lhe como pode enfrentar os outros de forma nobre”.
Mais perto de nós, as Igrejas de Viena instalaram ecrãs gigantes para que os fiéis pudessem acompanhar a abertura do Mundial (Alemanha-Costa Rica e Polônia-Equador) na chamada "Longa noite das Igrejas". Esta foi uma iniciativa da arquidiocese de Viena e teve como finalidade atrair fiéis.
Assim como os museus, todos os locais religiosos da cidade estarão de portas abertas para os fiéis.
Bento XVI, por causa dos seus compromissos de trabalho, não pôde assistir nem à cerimônia de abertura nem ao jogo entre a Alemanha e a Costa Rica.