04 novembro, 2005

EVANGELHO: Sexta-feira, dia 04 de Novembro de 2005.


Hoje a Igreja celebra : S. Carlos Borromeu, bispo, +1584


Carta aos Romanos 15,14-21. No que vos toca, meus irmãos, estou pessoalmente convencido de que vós próprios estais cheios de boa vontade, repletos de toda a espécie de conhecimento e com capacidade para vos aconselhardes uns aos outros. Apesar disso, escrevi-vos, em parte, com um certo atrevimento, como alguém que vos reaviva a memória. Faço-o em virtude da graça que me foi dada: ser para os gentios um ministro de Cristo Jesus, que administra o Evangelho de Deus como um sacerdote, a fim de que a oferenda dos gentios, santificada pelo Espírito Santo, lhe seja agradável. É, pois, em Cristo Jesus que me posso gloriar de coisas que a Deus dizem respeito. Eu não me atreveria a falar de coisas que Cristo não tivesse realizado por meu intermédio, em palavras e acções, a fim de levar os gentios à obediência, pela força de sinais e prodígios, pela força do Espírito de Deus. Foi assim que, desde Jerusalém e, irradiando até à Ilíria, dei plenamente a conhecer o Evangelho de Cristo. Mas, ao fazê-lo, tive a maior preocupação em não anunciar o Evangelho onde já era invocado o nome de Cristo, para não edificar sobre fundamento alheio. Pelo contrário, fiz conforme está escrito: Aqueles a quem ele não fora anunciado é que hão-de ver e aqueles que dele não ouviram falar é que hão-de compreender. Participação nos planos do Apóstolo
Livro de Salmos 98,1-4. Cantai ao SENHOR um cântico novo, porque Ele fez maravilhas! A sua mão direita e o seu santo braço lhe deram a vitória. SENHOR anunciou a sua vitória, revelou aos povos a sua justiça. Lembrou-se do seu amor e da sua fidelidade em favor da casa de Israel. Todos os confins da terra presenciaram o triunfo libertador do nosso Deus. Aclamai o SENHOR, terra inteira, exultai de alegria e cantai. Evangelho segundo S. Lucas 16,1-8.Disse ainda Jesus aos discípulos: «Havia um homem rico, que tinha um administrador; e este foi acusado perante ele de lhe dissipar os bens. Mandou-o chamar e disse-lhe: 'Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, porque já não podes continuar a administrar.' O administrador disse, então, para consigo: 'Que farei, pois o meu senhor vai tirar-me a administração? Cavar não posso; de mendigar tenho vergonha. Já sei o que hei de fazer, para que haja quem me receba em sua casa, quando for despedido da minha administração.' E, chamando cada um dos devedores do seu senhor, perguntou ao primeiro: 'Quanto deves ao meu senhor?' Ele respondeu: Cem talhas de azeite.' Retorquiu-lhe: 'Toma o teu recibo, senta-te depressa e escreve cinquenta.' Perguntou, depois, ao outro: 'E tu quanto deves?' Este respondeu: 'Cem medidas de trigo.' Retorquiu-lhe também: 'Toma o teu recibo e escreve oitenta.' O senhor elogiou o administrador desonesto, por ter procedido com esperteza. É que os filhos deste mundo são mais sagazes que os filhos da luz, no trato com os seus semelhantes.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por : Santa Teresa do Menino Jesus (1873- 1897), carmelita, doutora da Igreja Manuscrito autobiográfico


O bom uso das riquezas
Ó Jesus, eu sei que o amor só se paga com amor. Procurei, pois, e encontrei o meio de consolar o meu coração, dando-Te Amor por Amor. «Usai as riquezas que vos causam iniquidade para fazerdes amigos que vos recebam nas tendas eternas» (Lc 16,9).Eis, Senhor, o conselho que dás aos teus discípulos depois de lhes teres dito que «os filhos das trevas são mais hábeis em seus assuntos que os filhos da luz». Filha da luz, compreendi que os meus desejos de ser tudo, de abraçar todas as vocações, eram riquezas que bem poderiam tornar-me injusta, então servi-me delas para fazer amigos. Recordando a prece de Eliseu a seu pai Elias, quando este decidiu pedir-lhe o dobro do seu espírito (2R 2,9), apresentei-me diante dos anjos e dos santos, e disse-lhes: «Sou a mais pequena das criaturas, reconheço a minha miséria e a minha fraqueza, mas sei também como os corações nobres e generosos gostam de fazer o bem, suplico-vos, pois, ó bem-aventurados habitantes do Céu, suplico-vos que me adopteis como filha. Só para vós será a glória que me fizerdes adquirir, mas dignai-vos atender a minha prece; ela é temerária, eu sei-o, mas atrevo-me a pedir-vos que me concedeis o dobro do vosso Amor.»