27 outubro, 2005

EVANGELHO: Quinta-feira, dia 27 de Outubro de 2005.


Hoje a Igreja celebra : São Gonçalo de Lagos, presbítero, +1422


Carta aos Romanos 8,31-39. Que mais havemos de dizer? Se Deus está por nós, quem pode estar contra nós? Ele, que nem sequer poupou o seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não havia de nos oferecer tudo juntamente com Ele? Quem irá acusar os eleitos de Deus? Deus é quem nos justifica! Quem irá condená-los? Jesus Cristo, aquele que morreu, mais, que ressuscitou, que está à direita de Deus é quem intercede por nós. Quem poderá separar-nos do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada? De acordo com o que está escrito: Por causa de ti, estamos expostos à morte o dia inteiro, fomos tratados como ovelhas destinadas ao matadouro. Mas em tudo isso saímos mais do que vencedores, graças àquele que nos amou. Estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem o abismo, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus, Senhor nosso.
Livro de Salmos 109,21-22.26-27.30-31. Mas Tu, SENHOR, meu Deus, por amor do teu nome, ajuda-me. Salva-me, pela tua bondade e misericórdia! Porque estou pobre e aflito, e tenho o coração angustiado dentro de mim. Socorre-me, SENHOR, meu Deus; salva-me, pela tua bondade. Para que saibam que és Tu o meu salvador, que foste Tu, SENHOR, que assim fizeste. Agradecerei bem alto ao SENHOR e louvá-lo-ei no meio da multidão. Porque Ele é o defensor do pobre; salva-o dos que o querem condenar.
Evangelho segundo S. Lucas 13,31-35. Naquela altura aproximaram-se dele alguns fariseus, que lhe disseram: «Vai-te embora, sai daqui, porque Herodes quer matar-te.» Respondeu-lhes: «Ide dizer a essa raposa: Agora estou a expulsar demónios e a realizar curas, hoje e amanhã; ao terceiro dia, atinjo o meu termo. Mas hoje, amanhã e depois devo seguir o meu caminho, porque não se admite que um profeta morra fora de Jerusalém.» «Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas aqueles que te são enviados! Quantas vezes Eu quis juntar os teus filhos, como a galinha junta a sua ninhada debaixo das asas, e não quiseste! Agora, ficará deserta a vossa casa. Eu vo-lo digo: Não me vereis até chegar o dia em que digais: Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor!»
Comentário ao Evangelho do dia feito por : João Paulo II Carta Apostólica “Redemptionis anno”, Abril de 1984

“Jerusalém, … quantas vezes Eu quis reunir os teus filhos”
Além de monumentos célebres e esplêndidos, Jerusalém encerra comunidades vivas de cristãos crentes, judeus e muçulmanos, cuja presença é um garante e uma fonte de esperança para as nações que, de todas as partes do mundo, olham para a Cidade santa como um património espiritual e um sinal de paz e de concórdia. Sim, enquanto pátria do coração de todos os descendentes de Abraão, que lhe tributam um profundo amor, e enquanto lugar onde se encontram, aos olhos da fé, a infinita transcendência de Deus e as coisas criadas, Jerusalém é um símbolo de encontro, de união e de paz para toda a família humana. A Cidade santa encerra, portanto, um firme apelo à paz para toda a humanidade, e especialmente para os adoradores do Deus único e grande, Pai misericordioso dos povos. Infelizmente, temos de afirmar que Jerusalém continua a se palco de contínuas rivalidades, de violência e reivindicações.Esta situação e estas reflexões trazem aos nossos lábios as palavras do profeta: “Por amor de Sião não Me hei-de calar, por causa de Jerusalém não terei repouso, enquanto a sua justiça não despontar como a aurora e a sua salvação não resplandecer com facho ardente” (Is 62, 1). Pensamos no dia e esperamo-lo com impaciência, em que todos serão verdadeiramente “ensinados por Deus” (Jo 6, 45) a fim de que escutemos a sua mensagem de reconciliação e de paz. Pensamos no dia em que judeus, cristãos e muçulmanos possam trocar entre eles, em Jerusalém, a saudação de paz que Jesus dirigiu aos seus discípulos depois de ressuscitar: “A paz esteja convosco!” (Jo 20, 19).