30 setembro, 2005

EVANGELHO: Sexta-feira, dia 30 de Setembro de 2005.


Hoje a Igreja celebra : S. Jerónimo, presbítero, cardeal, Doutor da Igreja, séc. IV


Livro de Baruc 1,15-22.
«Eis o que direis: “Para o Senhor nosso Deus, a justiça; para nós, porém, a vergonha, estampada no rosto, como acontece hoje para os homens de Judá e os habitantes de Jerusalém, para os nossos reis e príncipes, os sacerdotes, os profetas e os nossos antepassados, porque pecámos contra o Senhor. Desobedecemos ao Senhor nosso Deus, não ouvimos a sua voz nem seguimos os mandamentos que Ele nos deu. Desde o dia em que o Senhor tirou os nossos pais da terra do Egipto até hoje, temos desobedecido ao Senhor, nosso Deus e, na nossa leviandade, recusámos ouvir a sua voz. Por isso, agora, persegue-nos o infortúnio e a maldição que o Senhor predissera pela boca de Moisés, seu servo, quando tirou os nossos pais da terra do Egipto, a fim de nos dar uma terra onde mana leite e mel. Nós, porém, não escutámos a voz do Senhor, nosso Deus, conforme a palavra dos profetas, que Ele nos enviou. Cada um de nós, andou segundo as inclinações do seu mau coração, servindo deuses estrangeiros e praticando o mal aos olhos do Senhor, nosso Deus”.
Livro de Salmos 79,1-5.8-9.
Deus, os pagãos invadiram a tua herança, profanaram o teu santo templo e reduziram Jerusalém a um montão de ruínas. Deram os cadáveres dos teus servos em alimento às aves do céu e os corpos dos teus fiéis, às feras selvagens. Derramaram o seu sangue como água, em torno de Jerusalém, e ninguém lhes deu sepultura. Tornámo-nos motivo de escárnio para os vizinhos, de irrisão e opróbrio para os que nos rodeiam. Até quando, SENHOR, estarás ainda irritado? Será a tua indignação como um fogo abrasador? Não recordes contra nós as faltas dos nossos antepassados; venha depressa ao nosso encontro a tua misericórdia, porque chegámos ao fim das nossas forças. Socorre-nos, ó Deus, nosso salvador, para glória do teu nome; livra-nos e perdoa-nos pelo amor do teu nome.
Evangelho segundo S. Lucas 10,13-16.
Ai de ti, Corozaim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sídon se tivessem operado os milagres que entre vós se realizaram, de há muito que teriam feito penitência, vestidas de saco e na cinza. Por isso, no dia do juízo, haverá mais tolerância para Tiro e Sídon do que para vós. E tu, Cafarnaúm, porventura serás exaltada até ao céu? É até ao inferno que serás precipitada. Quem vos ouve é a mim que ouve, e quem vos rejeita é a mim que rejeita; mas, quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por : Santa Catarina de Génova (1447-1510), leiga, mística O livre arbítrio

Consentir na conversãoDeus alenta a pessoa a levantar-se do pecado, depois, com a luz da fé, ilumina-lhe a inteligência e, logo, por meio de um certo gosto e deleite excita-lhe a vontade. Tudo isto realiza Deus num instante, se bem que nós o descrevamos com muitas palavras e o situemos num intervalo de tempo.Esta obra fá-la Deus mais ou menos nas pessoas, de acordo com o fruto que Ele prevê. A cada uma é dada luz e graça a fim de que, fazendo o que estiver a seu alcance, possa salvar-se com tal de dar o seu consentimento. Este consentimento faz-se do seguinte modo: Quando Deus realiza a sua obra, basta que a pessoa diga: “estou contente, Senhor, fazei de mim o que quiserdes, que estou decidida a nunca mais pecar e a deixar, por vosso amor, qualquer coisa do mundo”.Este consentimento e movimento da vontade dão-se sempre que a vontade da pessoa se une à de Deus sem que ela dê conta, tanto mais que tudo isso se passa em silêncio. A pessoa não vê o consentimento, mas experimenta uma sensação interior que a leva a dar-lhe continuidade. Nesta operação, sente-se tão fervorosa que fica espantada e estupefacta, sem ousar escapar.Por esta união espiritual, a pessoa liga-se a Deus com um laço quase indissolúvel, porque Deus faz quase tudo, Deus rege-a e leva-a àquela perfeição à qual Ele a tem destinada.