18 setembro, 2005

EVANGELHO: Domingo, dia 18 de Setembro de 2005.


Hoje a Igreja celebra : XXV Domingo Comum (semana I do saltério), S. José de Cupertino, religioso, +1663


Livro de Isaías 55,6-9.
Buscai o SENHOR, enquanto se pode encontrar; invocai-o, enquanto está perto. Deixe o ímpio os seus caminhos, e o criminoso os seus projectos. Volte-se para o SENHOR, que terá piedade dele, para o nosso Deus, que é generoso em perdoar. Os meus planos não são os vossos planos, os vossos caminhos não são os meus caminhos oráculo do SENHOR. Tanto quanto os céus estão acima da terra, assim os meus caminhos são mais altos que os vossos, e os meus planos, mais altos que os vossos planos.
Livro de Salmos 145,2-3.8-9.17-18.
Todos os dias te bendirei; louvarei o teu nome para sempre. SENHOR é grande e digno de todo o louvor; a sua grandeza é insondável. SENHOR é clemente e compassivo, é paciente e misericordioso. SENHOR é bom para com todos; a sua ternura repassa todas as suas obras. SENHOR é justo em todos os seus caminhos e misericordioso em todas as suas obras. SENHOR está perto de todos os que o invocam, dos que o invocam sinceramente.
Carta aos Filipenses 1,20-24.27.
de acordo com a ansiedade e a esperança que tenho de que em nada serei envergonhado. Pelo contrário: com todo o desassombro, agora como sempre, Cristo será engrandecido no meu corpo, quer pela vida quer pela morte. É que, para mim, viver é Cristo e morrer, um lucro. Se, entretanto, eu viver corporalmente, isso permitirá que dê fruto a obra que realizo. Que escolher então? Não sei. Estou pressionado dos dois lados: tenho o desejo de partir e estar com Cristo, já que isso seria muitíssimo melhor; mas continuar a viver é mais necessário por causa de vós. Só isto é necessário: comportai-vos em comunidade de um modo digno do Evangelho de Cristo, para que – quer eu vá ter convosco, quer esteja ausente – ouça dizer isto de vós: que permaneceis firmes num só espírito, lutando juntos, numa só alma, pela fé no Evangelho
Evangelho segundo S. Mateus 20,1-16.
«Com efeito, o Reino do Céu é semelhante a um proprietário que saiu ao romper da manhã, a fim de contratar trabalhadores para a sua vinha. Ajustou com eles um denário por dia e enviou-os para a sua vinha. Saiu depois pelas nove horas, viu outros na praça, que estavam sem trabalho, e disse-lhes: 'Ide também para a minha vinha e tereis o salário que for justo.’ E eles foram. Saiu de novo por volta do meio-dia e das três da tarde, e fez o mesmo. Saindo pelas cinco da tarde, encontrou ainda outros que ali estavam e disse-lhes: 'Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?’ Responderam-lhe: 'É que ninguém nos contratou.’ Ele disse-lhes: 'Ide também para a minha vinha.’ Ao entardecer, o dono da vinha disse ao capataz: 'Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, começando pelos últimos até aos primeiros.’ Vieram os das cinco da tarde e receberam um denário cada um. Vieram, por seu turno, os primeiros e julgaram que iam receber mais, mas receberam, também eles, um denário cada um. Depois de o terem recebido, começaram a murmurar contra o proprietário, dizendo: 'Estes últimos só trabalharam uma hora e deste-lhes a mesma paga que a nós, que suportámos o cansaço do dia e o seu calor.’ O proprietário respondeu a um deles: 'Em nada te prejudico, meu amigo. Não foi um denário que nós ajustámos? Leva, então, o que te é devido e segue o teu caminho, pois eu quero dar a este último tanto como a ti. Ou não me será permitido dispor dos meus bens como eu entender? Será que tens inveja por eu ser bom?’ Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos. Porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por : S. João Crisóstomo (cerca de 345 - 407), bispo de Antioquia, depois de Constantinopla, doutor da Igreja Homilias sobre S. Mateus

Ide, vós também, para a minha vinhaÉ evidente que esta parábola se dirige ao mesmo tempo aos que são virtuosos deste a sua tenra idade e aos que o atingem apenas na velhice: aos primeiros, para os preservar do orgulho e impedi-los de criticar os da décima primeira hora; aos segundos, para lhes ensinar que podem merecer o mesmo salário em pouco tempo. O Salvador tinha acabado de falar acerca da renúncia às riquezas, do desprezo de todos os bens, de virtudes que implicam grande valor e coragem. Para isso, era preciso o ardor e a energia de uma alma em plena juventude; neles o Senhor reacende então a chama da caridade, fortalece os seus sentimentos e mostra-lhes que mesmo os que chegam no fim recebem o salário de um dia inteiro...Todas as parábolas de Jesus, a das virgens, a da rede, a dos espinhos, a da árvore estéril, convidam-nos a mostrar a virtude nas nossas acções. Ele fala pouco de dogmas, porque não implicam grande sofrimento. Mas da vida, fala Ele muitas vezes; ou, melhor, fala sempre porque, sendo a vida um combate eterno, também eterno é o esforço.