06 outubro, 2005

EVANGELHO: Quinta-feira, dia 06 de Outubro de 2005.


Hoje a Igreja celebra : S. Bruno, eremita, +1101


Livro de Malaquias 3,13-20.
Tendes pronunciado palavras ofensivas contra mim –diz o Senhor. E, contudo, perguntais: ‘Que temos nós dito contra ti?’ E ainda vos interrogais: ‘De que vale servir a Deus? Que lucrámos em ter observado os seus preceitos e em ter andado de luto diante do Senhor do universo? E agora temos de chamar ditosos aos arrogantes, pois eles fazem o mal e prosperam; põem Deus à prova e ficam impunes’. Assim falavam uns com os outros, aqueles que temem o Senhor. Mas o Senhor ouviu atento. Na sua presença foi escrito um livro de memórias: ‘Dos que temem o Senhor e prezam o seu nome.’ Eles serão meus, no dia em que Eu agir – diz o Senhor do universo. Terei compaixão deles, como um pai se compadece do filho que o serve. Então vereis de novo a diferença entre o justo e o ímpio, entre quem serve a Deus e quem não o serve. Pois, eis que vem um dia abrasador como uma fornalha. Todos os soberbos e todos os que cometem a iniquidade serão como a palha; este dia que vai chegar queimá-los-á – diz o Senhor do universo – e nada ficará deles: nem raiz, nem ramos. Mas, para vós que respeitais o meu nome, brilhará o sol de justiça, trazendo a cura nos seus raios; saireis e saltareis como bezerros para fora do estábulo.
Livro de Salmos 1,1-4.6.
Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem toma parte na reunião dos libertinos; antes põe o seu enlevo na lei do SENHOR e nela medita dia e noite. como a árvore plantada à beira da água corrente: dá fruto na estação própria e a sua folhagem não murcha; em tudo o que faz é bem sucedido. Mas os ímpios não são assim! São como a palha que o vento leva. SENHOR conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios conduz à perdição.
Evangelho segundo S. Lucas 11,5-13.
Disse-lhes ainda: «Se algum de vós tiver um amigo e for ter com ele a meio da noite e lhe disser: 'Amigo, empresta-me três pães, pois um amigo meu chegou agora de viagem e não tenho nada para lhe oferecer', e se ele lhe responder lá de dentro: 'Não me incomodes, a porta está fechada, eu e os meus filhos estamos deitados; não posso levantar-me para tos dar'. Eu vos digo: embora não se levante para lhos dar por ser seu amigo, ao menos, levantar-se-á, devido à impertinência dele, e dar-lhe-á tudo quanto precisar.» «Digo-vos, pois: Pedi e ser-vos-á dado; procurai e achareis; batei e abrir-se-vos-á; porque todo aquele que pede, recebe; quem procura, encontra, e ao que bate, abrir-se-á. Qual o pai de entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente? Ou, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Pois se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que lho pedem!» Da Bíblia Sagrada Comentário ao
Evangelho do dia feito por : S. Tomás de Aquino (1225-1274), teólogo dominicano, doutor da Igreja Compêndio de teologia

Convém ao homem rezarSegundo o projecto providencial de Deus, ele deu a tudo o que existe o eio de alcançar a sua conclusão como convém à sua natureza. Os homens também receberam, para obter o que esperam de Deus, um meio adaptado à condição humana. Esta condição quer que o homem se sirva da oração para obter de outrem o que ele espera, sobretudo se aquele a quem se dirige lhe é superior. É por isso que é recomendado aos homens rezar para obter de Deus aquilo que esperam receber dele. Mas a necessidade de implorar é diferente conforme se trata de obter qualquer coisa de um homem ou de Deus.Quando a súplica se dirige a um homem, ela deve exprimir primeiro o desejo e a necessidade de quem implora. É preciso também que ela dobre, até o fazer ceder, o coração daquele a quem se implora. Ora estes dois elementos não têm mais lugar na oração feita a Deus. Ao rezar, não temos que nos que inquietar em manifestar os nossos desejos ou as nossas necessidades a Deus que tudo conhece. É assim que o salmista diz ao Senhor: “Todos os meus desejos estão diante de ti” (Sl 37,10). E lemos no Evangelho: “Vosso Pai sabe que tendes necessidade de tudo isso” (Mt 6,8). Não se trata mais de dobrar, por palavras humanas, a vontade divina a querer o que de início ela não queria, porque é dito no livro dos Números: “Deus não é como um homem, para mentir, nem filho de Adão, para mudar” (23,19).