07 setembro, 2005

EVANGELHO: Quarta-feira, dia 07 de Setembro de 2005

Hoje a Igreja celebra : Beato Vicente de Santo António, presbítero e mártir, +1629
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Carta aos Colossenses 3,1-11.
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Portanto, já que fostes ressuscitados com Cristo, procurai as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus. Aspirai às coisas do alto e não às coisas da terra. Vós morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, a vossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com Ele em glória. Crucificai os vossos membros no que toca à prática de coisas da terra: fornicação, impureza, paixão, mau desejo e a ganância, que é uma idolatria. Estas coisas provocam a ira de Deus sobre os que lhe resistem. Entre eles também vós caminhastes outrora, quando vivíeis nessas coisas. Mas agora rejeitai também vós tudo isso: ira, raiva, maldade, injúria, palavras grosseiras saídas da vossa boca. Não mintais uns aos outros, já que vos despistes do homem velho, com as suas acções, e vos revestistes do homem novo, aquele que, para chegar ao conhecimento, não cessa de ser renovado à imagem do seu Criador. Aí não há grego nem judeu, circunciso e incircunciso, bárbaro, cita, escravo, livre, mas Cristo, que é tudo e está em todos. Livro de
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Salmos 145,2-3.10-13.
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Todos os dias te bendirei; louvarei o teu nome para sempre. SENHOR é grande e digno de todo o louvor; a sua grandeza é insondável. Louvem-te, SENHOR, todas as tuas criaturas; todos os teus fiéis te bendigam. Dêem a conhecer a glória do teu reino e anunciem os teus feitos poderosos, para mostrar aos homens as tuas proezas e o esplendor glorioso do teu reino. teu reino é um reino para toda a eternidade e o teu domínio estende-se por todas as gerações.
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Evangelho segundo S. Lucas 6,20-26.
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Erguendo os olhos para os discípulos, pôs-se a dizer: «Felizes vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus. Felizes vós, os que agora tendes fome, porque sereis saciados. Felizes vós, os que agora chorais, porque haveis de rir. Felizes sereis, quando os homens vos odiarem, quando vos expulsarem, vos insultarem e rejeitarem o vosso nome como infame, por causa do Filho do Homem. Alegrai-vos e exultai nesse dia, pois a vossa recompensa será grande no Céu. Era precisamente assim que os pais deles tratavam os profetas». «Mas ai de vós, os ricos, porque recebestes a vossa consolação! Ai de vós, os que estais agora fartos, porque haveis de ter fome! Ai de vós, os que agora rides, porque gemereis e chorareis! Ai de vós, quando todos disserem bem de vós! Era precisamente assim que os pais deles tratavam os falsos profetas».
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Comentário ao Evangelho do dia feito por : São Leão Magno (? - cerca de 461), papa e doutor da Igreja
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"Felizes, vós, os pobres""Felizes os pobres em espírito, porque é deles o Reino dos Céus" (Mt 5,3). Poderíamos perguntar-nos de que pobres teria querido falar a Verdade se, ao dizer: "Felizes os pobres", não tivesse acrescentado a que tipo de pobres se estava a referir; pareceria então que, para merecer o Reino dos Céus, bastaria o despojamento de que muitos sofrem como efeito de uma penosa e dura necessidade. Mas, ao dizer: "Felizes os pobres em espírito", o Senhor mostra que o Reino dos Céus deve ser dado àqueles que são marcados pela humildade da alma mais do que pela penúria dos recursos.Contudo, não podemos duvidar de que os pobres adquirem mais facilmente do que os ricos o bem que é esta humildade porque, para esses, a mansidão é uma amiga na sua indigência, enquanto para estes o orgulho é o companheiro da sua opulência. No entanto, também em muitos ricos se encontra essa disposição de alma que os leva a usar a abundância não para se incharem de orgulho, mas para exercer a bondade e que considera entre os maiores benefícios aquilo que é dispendido para aliviar a miséria e o sofrimento dos outros. A todos os tipos e classes de homens é concedido terem parte de tal virtude, porque podem ser ao mesmo tempo iguais na intenção e diferentes na fortuna; não importa quanto diferem em recursos terrestres homens que consideramos iguais em bens espirituais. Feliz, pois, aquela pobreza que não se prende ao amor das riquezas temporais; ela não deseja aumentar a sua fortuna neste mundo, mas ambiciona tornar-se rica em bens celestes.