27 agosto, 2005

EVANGELHO de Sabado, dia 27 de Agosto de 2005.


Hoje a Igreja celebra : Santa Mónica, viúva, mãe de Santo Agostinho, +387

1ª Carta aos Tessalonicenses 4,9-12.
A respeito do amor fraterno não precisais que se vos escreva, pois vós próprios fostes ensinados por Deus a amar-vos uns aos outros; aliás, vós já o fazeis com todos os irmãos da Macedónia. Exortamo-vos, irmãos, a progredir sempre mais, a ter como ponto de honra viver em paz, a ocupar-vos das próprias actividades, a trabalhar com as vossas mãos, como vos recomendámos, de modo que vos comporteis honestamente perante os de fora e não preciseis de ninguém.
Livro de Salmos 98,1.7-9.
Cantai ao SENHOR um cântico novo, porque Ele fez maravilhas! A sua mão direita e o seu santo braço lhe deram a vitória. Ressoe o mar e tudo o que ele contém, o mundo inteiro e os que nele habitam. Batam palmas os rios, e as montanhas, em coro, gritem de alegria diante do SENHOR, que vem julgar a terra. Ele governará o mundo com justiça e os povos com rectidão.
Evangelho segundo S. Mateus 25,14-30.
«Será também como um homem que, ao partir para fora, chamou os servos e confiou-lhes os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada qual conforme a sua capacidade; e depois partiu. Aquele que recebeu cinco talentos negociou com eles e ganhou outros cinco. Da mesma forma, aquele que recebeu dois ganhou outros dois. Mas aquele que apenas recebeu um foi fazer um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. Passado muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e pediu-lhes contas. Aquele que tinha recebido cinco talentos aproximou-se e entregou-lhe outros cinco, dizendo: 'Senhor, confiaste-me cinco talentos; aqui estão outros cinco que eu ganhei.’ O senhor disse-lhe: 'Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor.’ Veio, em seguida, o que tinha recebido dois talentos: 'Senhor, disse ele, confiaste-me dois talentos; aqui estão outros dois que eu ganhei.’ O senhor disse-lhe: 'Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor.’ Veio, finalmente, o que tinha recebido um só talento: 'Senhor, disse ele, sempre te conheci como homem duro, que ceifas onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste. Por isso, com medo, fui esconder o teu talento na terra. Aqui está o que te pertence.’ O senhor respondeu-lhe: 'Servo mau e preguiçoso! Sabias que eu ceifo onde não semeei e recolho onde não espalhei. Pois bem, devias ter levado o meu dinheiro aos banqueiros e, no meu regresso, teria levantado o meu dinheiro com juros.’ Tirai-lhe, pois, o talento, e dai-o ao que tem dez talentos. Porque ao que tem será dado e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. A esse servo inútil, lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.’»
Da Bíblia Sagrada
Comentário ao Evangelho do dia feito por : S. João Crisóstomo (c. 345-407), Bispo de Antioquia, depois de Constantinopla, doutor da Igreja Homilias sobre o Evangelho de Mateus

Fazer frutificar os dons recebidos

Na parábola dos talentos, Jesus... quer revelar-nos a paciência do nosso Mestre mas, em minha opinião, faz também uma alusão à ressurreição... Em primeiro lugar, os servos que devolvem o dinheiro com os juros declaram sem hesitar o que é resultado do seu trabalho e o que lhes foi dado pelo seu senhor. O primeiro diz: "Senhor, confiaste-me cinco talentos" e o segundo: "Senhor, confiaste-me dois talentos". Reconhecem assim que o seu senhor lhes concedeu os meios para realizarem uma operação vantajosa. Têm consciência disso e põem à disposição do senhor a totalidade da soma que têm em seu poder. Que lhes diz então o senhor? "Muito bem, servo bom e fiel" (porque se reconhece um homem bom pela sua solicitude para com o próximo), "entra na alegria do teu senhor".Mas não se passa o mesmo no que toca ao servo mau... Qual é então a resposta do senhor? "Era preciso colocares o meu dinheiro no banco", isto é, era preciso falar, exortar, aconselhar. "Mas, replica o outro, as pessoas não me escutariam". Ao que o senhor responde: "Isso já não te diz respeito... Terias podido ao menos depositar esse dinheiro e deixar-me o cuidado de o levantar e eu tê-lo-ia reclamado "com os juros" - entendendo por tal as obras que decorrem da escuta da palavra. Cabia-te apenas a parte mais fácil do trabalho e deixavas-me a mais difícil". Eis como este servo faltou ao seu dever... Que quer isto dizer? Aquele que recebeu, para o bem dos outros, o dom da palavra e do ensino, e o não usou, verá que esse dom lhe é retirado. Quanto ao servo zeloso, atrairá sobre si uma graça mais abundante, tal como o outro perderá a que recebeu.