27 dezembro, 2005

“Por nós e por nossa salvação desceu do céu... e se fez homem”.


É comum, nesta época do ano, sermos “bombardeados” por inúmeras reportagens sobre Jesus. São matérias mais ou menos desinteressadas / desinteressantes, que assumem aparência de novidades de pesquisas arqueológicas, e, sensacionalmente, vendem a idéia de terem desvendado o homem Jesus que viveu há aproximadamente 2008 anos. São comuns “chamadas de capa” tais como: “Historiadores desvendam como um pregador da Judéia e suas palavras conquistaram o mundo” (Época, 19 de dezembro de 2005), e, finais de reportagem com frases semelhantes a: Cristo se tornou maior que Jesus.” (Época, 19 de dezembro de 2005, p. 126).
Como não pudemos ler todas as reportagens publicadas em todas as revistas de renome, analisamos aqui uma em especial, seja ela a da Revista Época, dezembro de 2005. Sete páginas, das quais 50% só imagens, pretendem versar sobre a complexidade de um assunto de 20 séculos. Puro jogo de marketing para vender revistas. As análises da matéria são superficiais, apoiadas em pequenos trechos de falas ou de escritos de especialistas, ambos muito discutíveis. Trata-se, como diz Roque Moraes, de “recortes pinçados de muitas partes, apenas ‘colagens’ de outros artigos e revistas” (MORAES, 2005).
A pergunta que poderia ser feita é a seguinte: Qual o interesse de reportagens como essa?
Para alguns a resposta já se encontraria no segundo parágrafo desse texto, 3a linha. Vender, vender e vender... Aliás, Jesus sempre rendeu muito dinheiro aos charlatões. A mesma revista traz na página 50, uma rápida reportagem sobre “Dirceu Milani um gaúcho [...] Autoproclamado ‘Monsenhor Doutor Dom’ e ‘Arcebispo Katholikós e Primaz do Brasil’da Igreja Católica Apostólica Missionária de Evangelização [...] procurado pela Polícia Federal e pela Polícia Civil de quatro Estados por estelionato.”. Mas há outra resposta para a pergunta: Qual o interesse de reportagens como essa?
A resposta reside no fato de que o sistema Neoliberalista não pode permitir que as pessoas tenham um Deus verdadeiro, mas sim algo incerto... Duvidoso. Desta forma poderão consumir cada vez mais... Esse é o jogo. Quem não tem um Deus consigo, acaba por buscar seu “chão” no consumismo, nas falsas amizades, nas drogas, etc.
É o objetivo desses ambiciosos jogos de marketing. É uma pena mas necessitamos de uma renovação em toda a mídia. A mídia está contaminada com pessoas sem Deus. Os resultados são matérias, reportagens, etc. sem nenhuma responsabilidade e soltas ao léu...
Escrevo minha opinião, falo por mim...
Como Católico Apostólico Romano que sou não posso ficar calado ou deixar de expressar minha opinião pessoal!!!

Ars Donarte.
Natal de 20005.



Não há como separar Cristo de Jesus

Segundo Santo Afonso Maria de Ligório a simples meditação de Jesus na manjedoura nos faria chorar. É símbolo de sofrimento, de total falta de conforto. É símbolo de compromisso e prenúncio de entrega na cruz...