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07 dezembro, 2005

"revolução incompleta"

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CORREIO DO POVO PORTO ALEGRE, QUARTA-FEIRA, 7 DE DEZEMBRO DE 2005.

Igreja lembra os 40 anos do Vaticano II

Cidade do Vaticano - O papa Bento XVI celebrará amanhã o 40º aniversário do Concílio Vaticano II, a assembléia de bispos que reformou profundamente as estruturas da Igreja Católica, respondendo a um pedido de mais democracia interna. Com missa na Basílica de São Pedro, o papa alemão Joseph Ratzinger, eleito em 19 de abril passado, e que participou como teólogo dos trabalhos do Concílio, recordará o que muitos católicos consideram hoje uma 'revolução incompleta'. Na avaliação de Bento XV, o Concílio Vaticano II se inscreve dentro da 'fidelidade e continuidade milenar' da Igreja e que não constituía uma forma de ruptura, como sonhavam então os católicos progressistas.

1 Comments:

At 9:16 PM, Anônimo said...: Creio que a situação não é a de uma revolução incompleta, mas de uma revolução que não foi colocada toda em prática ainda. O Concílio Vaticano II Não veio revolucionar porque o termo revolução indica mudança estrutural, no fundamento, neste caso o concílio veio renovar a Igreja, sim, não mudar o que é imutável, mas renovar o que pode ser modificado. Acredito que aqueles que fazem comentários do tipo: "A Igreja é muito antiga, é ultrapassada, é velha", não sabem que a Igreja não vive para o agora, mas para o eterno, não existe para agradar os homens, mas unicamente a Deus, também não deve ajustar-se de acordo com as leis de mercado, mídia ou qualquer outra força do mundo. A Igreja é sinal do eterno no temporal, é sinal de sabedoria e prudência para com os temas aparentemente atuais, enfim a Igreja é um grande navio. Veja como os pequenos barcos se locomovem rapidamente no mar, são leves (não tem história nem fundamento, como muitas seitas por aí que só buscam agradar aos prazeres dos homens), e repare agora como se desloca um grande cruzeiro transatlântico (vai devagar, com firmeza levando toda a bagagem de dois mil anos).
Equívoco ao dizer que o Concílio foi uma revolução incompleta, uma poruqe não foi uma revolução, e outra porque a Igreja não necessita de um Concílio para adaptar-se as situações adversas do nosso tempo. A Igreja festeja esse grande feito iniciado por João XXIII, pela sua coragem de trazer os clérigos para mais perto do povo, e por transformar a liturgia numa celebração mais participativa e aqueles que dizem que isso não existe não conhecem a história tampouco a Igreja.

Sem. Filipe