23 abril, 2006

OITAVA DA PÁSCOA: Máximas e sentenças

Durante essa Oitava da Páscoa, uma semana que comemoramos e vivemos como se fosse um único e grande dia, muitas foram as “pérolas” publicadas nesse Blog / Site. Na seção “Comentário ao Evangelho do Dia”. Os escritos destilaram a graça de Deus!
Iniciando com São Máximo de Turim, passando por São Gregório Magno, Santo Agostinho, Cardeal John Newman, João Paulo II e terminando com Paulo VI, os comentários contiveram, todos, mensagens que merecem profunda reflexão de nossa parte.
Faz-se, aqui, uma rápida recapitulação, destacando-se algumas passagens que nos pareceram mais importantes e dignas de nota:
  • “todo o que nasceu de Deus vence o mundo. E esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.” (Jô. 20, 19 4);

Papa Paulo VI

  • “Ele faz de nós sua morada [...] Com Ele, o coração do homem é habitado pelo Pai e pelo Filho. Nessa habitação, o Espírito Santo suscita uma prece de amor filial, que brota do mais fundo da alma e se exprime no louvor, nas acções de graças, na reparação e na súplica.” (Paulo VI, “Exortação apostólica Gaudete in Domino”, sobre a alegria cristã);

  • “Aqui em baixo, a alegria espiritual será sempre acompanhada [...] da dolorosa [...] choros e lamentações, enquanto o mundo ostenta uma satisfação perversa. Mas a tristeza dos discípulos que é segundo Deus, e não segundo o mundo, em breve será transformada numa alegria espiritual que ninguém poderá tirar-lhes” (Jo 16, 20-22). (Paulo VI, “Exortação apostólica Gaudete in Domino”, sobre a alegria cristã);

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Papa Jão Paulo II

  • “Sigamos em frente, com esperança! [...] abre-se um novo […] oceano onde aventurar-se com a ajuda de Cristo.” (João Paulo II, “Carta Apostólica Novo Millennio ineunte”, § 58);

  • “O Filho de Deus, que encarnou há dois mil anos por amor do homem, continua também hoje em acção: devemos possuir um olhar perspicaz para a contemplar, e sobretudo um coração grande para nos tornarmos instrumentos dela.” (João Paulo II, “Carta Apostólica Novo Millennio ineunte”, § 58);

  • “As sendas, por onde caminha cada um de nós [...] são muitas, mas não há distância entre aqueles que estão intimamente ligados pela única comunhão, a comunhão que cada dia é alimentada à mesa do Pão eucarístico e da Palavra de vida. Cada domingo, Cristo ressuscitado marca encontro connosco no Cenáculo, onde, na tarde do ‘primeiro dia depois do sábado’ (Jo 20,19), apareceu aos seus ‘soprando’ sobre eles o dom vivificante do Espírito e iniciando-os na grande aventura da evangelização.” (João Paulo II, “Carta Apostólica Novo Millennio ineunte”, § 58);

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Cardeal John Henry Newman

  • “Só lentamente nos apercebemos desta grande e sublime verdade: Cristo continua, de alguma maneira, a caminhar no meio de nós” (Cardeal John Henry Newman, “PPS vol. 8, n°2.”);

  • “Nós não compreendemos que este chamamento de Cristo tem lugar todos os dias, hoje como outrora.” (Cardeal John Henry Newman, “PPS vol. 8, n°2.”);

  • “não cremos que, hoje, se nos aplique, não procuramos detectá-lo a nosso respeito. Deixámos de ter olhos para ver o Mestre” (Cardeal John Henry Newman, “PPS vol. 8, n°2.”);

  • “de vez em quando […] homens que vivem uma vida de crentes se apercebem de verdades que ainda não tinham visto, ou para as quais nunca lhes tinham chamado a atenção. E, de repente, elas apresentam-se [...] como um apelo irresistível.” (Cardeal John Henry Newman, “PPS vol. 8, n°2.”);

  • “trata-se de verdades que […] assumem o valor de preceitos, e que exigem obediência. É desta maneira, ou ainda de outras, que Cristo hoje nos chama.” (Cardeal John Henry Newman, “PPS vol. 8, n°2.”);

  • “Ele age por intermédio das nossas faculdades naturais e por meio das próprias circunstâncias da vida.” (Cardeal John Henry Newman, “PPS vol. 8, n°2.”);

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Santo Agostinho

  • “quando é que o Senhor se deu a conhecer? Na fração do pão.” (Santo Agostinho, “Sermão 235”);

  • “ele só quis ser reconhecido nessa altura [...] causa de nós, nós que não o veríamos em sua carne, mas que no entanto comeríamos a sua carne.” (Santo Agostinho, “Sermão 235”);

  • “Então, tu que acreditas nele, quem quer que sejas, tu, que não é em vão que te chamas cristão, que não entras na igreja por acaso, que escutas a palavra de Deus com temor e esperança, para ti, a fracção do pão será uma consolação.” (Santo Agostinho, “Sermão 235”);

  • “A ausência do Senhor não é uma verdadeira ausência. Tem fé, e ele está contigo, ainda que não o vejas.” (Santo Agostinho, “Sermão 235”);

  • “Quando o Senhor começou a falar [...] os discípulos ainda não tinham fé.” (Santo Agostinho, “Sermão 235”);

  • “Eram mortos que caminhavam com um vivo; caminhavam, mortos, com a vida. A vida caminhava com eles, mas em seus corações, a vida ainda não tinha sido renovada.” (Santo Agostinho, “Sermão 235”);

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São Gregório Magno

  • “Maria, em lágrimas, inclina-se e olha para dentro do túmulo.” (S. Gregório Magno , “Homila 25”);

  • “já tinha todavia constatado que estava vazio [...] Porque se inclina então ainda? [...] Porque o amor não se contenta com um único olhar; o amor é uma conquista sempre mais ardente. Ela já O procurou, mas em vão; obstina-se e acaba por descobrir...” (S. Gregório Magno , “Homila 25”);

  • “E nós, quando é que [...] procuraremos o Amado?” (S. Gregório Magno , “Homila 25”);

  • “Procuremos de todo o coração. Procuremos nas ruas e nas praças, ou seja nas passagens escarpadas da vida ou nos caminhos espaçosos; abramos os olhos, procuremos aí os passos do nosso Bem-Amado...” (S. Gregório Magno , “Homila 25”);

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São Máximo de Turim

  • “Voltando-se, o Senhor fixa o olhar em Pedro. E Pedro, tomando consciência do que acaba de dizer, arrepende-se e chora...: funde em lágrimas e permanece mudo... (Lc 22,61-61) Sim, as lágrimas são orações mudas; merecem o perdão sem o reclamar; obtêm misericórdia sem defender a sua causa... As palavras podem não conseguir exprimir uma oração, as lágrimas nunca; as lágrimas exprimem sempre o que sentimos” (S. Máximo de Turim, “Sermão 76”);

  • “Antes de derramar lágrimas, era um traidor; tendo derramado lágrimas, foi escolhido como pastor” (S. Máximo de Turim, “Sermão 76”);

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São Leão Magno

  • “Da fraqueza da cruz, os crentes recebem a força; do seu opróbrio, a glória; da tua morte, a vida.” (S. Leão Magno, “8ª homilia sobre a Paixão”).

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Todas essas máximas, ou ainda, sentenças extraídas dos Santos padres e papas nos remete, necessariamente, a uma conclusão: a Fé!

É a Fé que deve nos sustentar. Por isso devemos sempre dizer e pedir em oração: "Senhor, eu creio, mas aumenta a minha Fé".

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